O morro do Gragoatá é um símbolo de grande biodiversidade e faz parte da história de Niterói. Como mais uma proposição insensata da Lei Urbanística, o Executivo quer transformar essa área em uma Zona Residencial Ambiental (ZRA). Essa definição permite a construção de oito andares, além da cobertura, isso te lembra alguma outra emenda?
De início, vale ressaltar que, no ano de 2002, a Prefeitura, por meio do Plano Urbanístico das Praias da Baía, definiu o morro do Gragoatá como Área de Especial Interesse Ambiental (AEIA). Já em 2003, pela lei 2099/03, o Executivo estabeleceu a mesma zona como Área de Proteção Ambiental (APA), significando que não podiam haver alterações de alto impacto na região.
Dezenove anos depois, a Prefeitura quer transformar uma região fundamental para o equilíbrio climático do município e berço de pássaros responsáveis por dissiparem sementes por toda a área em uma ZRA+6. O mesmo Morro do Gragoatá que um dia foi uma zona de preservação, hoje querem que seja urbanizado.
De acordo com a pesquisadora e professora da UFF, Janie Garcia, a região abriga mais de 160 espécies de fauna e flora .”É a única área não ocupada na região centro sul de Niterói, mais de 102 espécies de plantas identificadas e 64 aves identificadas.”
Além de prejudicar sua biodiversidade fantástica, a exploração irresponsável desse local pode também diminuir o potencial para desenvolvimento econômico que o Morro tem. Esse crescimento financeiro se dá por meio do ensino, pesquisa, turismo ecológico, parceria com a universidade e conservação do patrimônio ecológico. Esses pontos trazem grandes benefícios para toda a cidade.
Dessa maneira, o nosso gabinete fez uma emenda para manter essa área como uma Zona de Preservação Ambiental. Assim, ficará impedida a construção de qualquer estrutura de alto impacto nos arredores e a conservação será garantida. Vamos em frente!