É moda, não adianta! Atualmente a moda é que um político deve ser enquadrado numa modelagem leiga e mal concebida de direita ou esquerda, uma interpretação errada da história e do que significam esses vieses.Cidadãos de bem entraram nesse jogo sem querer, e a esmagadora maioria não enxerga que esse caminho da polarização só interessa para os radicais. Para lulistas e bolsonaristas o jogo é de ganha-ganha, pois quem perder a eleição majoritária de Presidente em 2022 sai com o prêmio de ter elegido centenas de parlamentares em todos os estados do Brasil, muitos com discursos prontos para rede social, mas sem a menor condição de contribuir para verdadeiras políticas públicas. Os péssimos mandatos de aproveitadores eleitos em 2018, já provou esse dado. Se você é um parlamentar como eu, julgado pelos radicais de esquerda por querer um Estado otimizado, com menos órgão e cargos e mais eficiência, uma política de segurança rígida, uma escola sem partido definido e acha necessária a liberdade econômica, mas é considerado um verdadeiro comunista por defender a pauta ambiental, a ciência, e por entender que ações afirmativas e políticas de assistência social compensatórias devem existir para corrigir distorções históricas, saiba que o nosso caminho é mais árduo. É muito triste ver que boa parte da população não quer entregas reais, não enxerga os acontecimentos práticos que interferem em suas vidas diariamente. Essas pessoas já decidiram com o coração e deixaram a razão de lado, cabe a aos agentes políticos tomarem sua decisão: Ou enfrentam o populismo, a lacração nas redes sociais e o risco de perder a eleição ou escolhem um desses lados nefastos, renunciando ao futuro do Brasil. Eu já decidi.